sexta-feira, 10 de junho de 2011

Salmão com salada de favas e menta

A minha mãe deu-me umas favas da horta dela que resultaram neste belo prato. Não compreendo como há tanta gente a não gostar de favas...

Ingredientes:
2 postas de salmão
sal
pimenta
1 colher de sopa de molho de soja
1 colher de café de gengibre em pó
500g de favas descascadas
75g de bacon
3 dentes de alho
azeite
água
50g de tomate seco ao sol
1 colher de sopa de vinagre de sidra ou fruta
1 colher de chá de açucar
hortelã
cebolinho fresco

Preparação:
Tempere os lombos de salmão com sal, pimenta, o molho de soja e o gengibre em pó. Deixe a marinar 5 a 10 minutos.

Corte o bacon em cubos e salteie-os, numa frigideira, até estarem dourados e crocantes. Retire e escorra sobre papel absorvente.

Num tacho com um fundo de azeite junte o alho picado e deixe alourar. Adicione as favas e salteie-as durante 1 a 2 minutos. Borrife com um pouco de água, tape e deixe suar sobre lume brando durante 10 minutos. Escorra o tomate seco em papel absorvente, corte-o em tiras e junte-o às favas. Borrife com o vinagre e adicione o açúcar. Deixe cozinhar por mais 2 minutos, tempere com sal e pimenta moída na altura e perfume com as folhas de hortelã picadas no momento e cebolinho. Entretanto, pique o bacon na picadora e adicione-o às favas. 

Deite um pouco de azeite ou manteiga na frigideira onde alourou o bacon e leve ao lume. Escorra o salmão da marinada, enxugue-o bem e regue-o com o sumo de limão. Aloure o salmão dos dois lado na manteiga bem quente até estarem cozinhados.

Conclusão:
Uma forma diferente de cozinhar favas, fugindo às tradicionais "favas com entrecosto". A hortelã realça o sabor e quem gosta de favas não vai querer deixar de experimentar este prato.

Nota:
18 (de 0 a 20)

Receita feita a partir do livro Receitas para impressionar.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Mil folhas de bacalhau

Apesar de o nome da receita ser mil folhas o resultado final foi mais um pudim. Penso que já sei onde falhei e da próxima vez (se me apetecer voltar a fazer) vou tentar corrigir.

Ingredientes:
400g de bacalhau (s/ pele nem espinhas)
4dl de leite
azeite
2 dentes de alho
1 cebola
1 alho francês
300g de mistura de vários cogumelos
50g de bacon em cubos
sal
pimenta de moinho
4 ovos
30g de Maizena
noz moscada
manteiga
pão ralado
sementes de sésamo
50g de tomate seco ao sol (cortado em tiras)


Preparação:
Ligue o forno e regule-o para o 180 ºC. Para fazer um mil folhas precisamos de "camadas", vamos prepará-las.

Ferva os lombos de bacalhau com o leite sobre lume brando, durante 5 minutos. Retire o bacalhau e reserve o leite. Desfaça o bacalhau em lascas grossas.


Deite o azeite na frigideira, junte os dentes de alho descascados e picados, e deixe alourar. Entretanto, descasque a cebola, corte-a em rodelas e junte ao alho. Corte o alho francês em rodelas, lave bem e adicione à cebola. Deixe cozinhar sobre lume brando até os legumes estarem macios.


Os cogumelos podemos utilizar frescos ou congelados, como não encontrei o frescos, que era o que pretendia, fiz com congelados. Neste caso devemos utilizar um pouco mais que as 300g da receita. Independentemente dos cogumelos que utilizar, salteie-os noutra frigideira com azeite e o bacon, até a água que libertarem se evaporar por completo. Tempere com sal e pimenta moída na altura.


Parta os ovos para um tijela, junte a Maizena e bata com uma vara de arames até a dissolver. Junte o leite onde o bacalhau cozeu e tempere com noz moscada, pimenta e sal se necessário.

Já temos as "camadas" vamos montar o mil folhas.

Pincele 4 taças individuais de souflé com manteiga e polvilhe com pão ralado e sementes de sésamo. Deite um pouco da mistura de ovos e leite nas taças e por cima disponha algumas tiras de tomate seco ao sol. Divida o bacalhau pelas taças, por cima distribua o refogado de cebola e alho francês e termine com os cogumelos. Calque bem com as costas de uma colher e regue com a mistura de ovos e leite.

Leve ao forno durante 25 a 30 minutos. Desenforme e sirva com uma salada.


Conclusão:
Apesar da apresentação não ser a desejada, o sabor ficou óptimo, complexo e elaborado.

Nota:
18.5 (de 0 a 20)

Receita feita a partir do livro Receitas para impressionar.


domingo, 5 de junho de 2011

20 brancos para o Verão

Por Luís Ramos Lopes
Nem seria preciso esperar pelos dias mais quentes para confirmar uma tendência que se vem avolumando desde há algum tempo: os portugueses voltaram a gostar de vinhos brancos. E é nesta época do ano que se tornam mais apreciados, sobretudo os mais frutados, frescos e leves.
O Verão é normalmente associado ao calor e às férias. Os dias são maiores, as pessoas estão mais disponíveis e o tempo ajuda a uma abordagem mais descontraída das refeições. Privilegia-se uma alimentação leve, baseada sobretudo em peixes, mariscos, saladas, aves e carnes magras. E leves deverão ser também os vinhos brancos bebidos no estio, vinhos não demasiado encorpados, antes delicados e elegantes. A leveza deve estender-se ao álcool, sendo especialmente adequados ao calor os vinhos de teor alcoólico não muito elevado, entre os 11,5% e, no máximo, 13%.
A fruta é também uma componente essencial dos vinhos brancos de Verão. Aromas e sabores exuberantes, vivos e jovens que, consoante as castas de uva com que os vinhos foram feitos, nos fazem lembrar diversos tipos de frutos (manga, maracujá, banana, melão, ananás, limão, lima, toranja.). Para refeições mais elaboradas e sofisticadas, podemos sempre escolher vinhos brancos mais minerais, com notas que por vezes lembram pederneira, sílex, pedra molhada, pólvora.
A idade do vinho é importante. Se a ideia é almoçar ou jantar ao ar livre, apostemos em vinhos francos e directos, de atracção imediata, e esqueçamos os brancos com mais idade, cuja complexidade exige outro estado de espírito. Tal como os brancos fermentados ou estagiados em barricas de madeira nova, untuosos e cheios. Uns e outros deverão ser deixados para o tempo frio e invernal (ou então para apreciar ao jantar, numa sala com bom ar condicionado.).
Na verdade, os melhores vinhos de Verão são, sobretudo, vinhos frescos. Aqui, a palavra "fresco" não remete para a temperatura a que deverão ser servidos, mas sim para as suas características.
Um vinho fresco é sempre um vinho com uma certa acidez, acidez essa que dá a quem o bebe uma sensação de frescura, leveza e elegância, permanecendo o sabor do vinho na boca por mais tempo. Mas já que falámos em temperaturas de serviço, não esqueçamos que os brancos jovens e frutados devem ser servidos entre os 9ºC e 11ºC. Balde de gelo e mangas refrigeradoras são acessórios imprescindíveis.
Jovens, frutados, frescos e leves. Os 20 vinhos brancos que aqui sugerimos são tudo isso e têm também preços muito sensatos e comedidos. Mesmo o que precisamos para este Verão.

AltanoDouro branco 2010
Symington Family Estates
Detentora de algumas das mais prestigiadas marcas de Vinho do Porto, a família Symington aposta também nos vinhos do Douro com a marca Altano. Este branco tem o selo de qualidade da casa: harmonioso, fresco, bastante aromático (tangerina, resinas, especiarias), com bela acidez no final refrescante. (€3,99)

BSE
Reg. Península de Setúbal branco 2010
José Maria da Fonseca
Marca histórica da José Maria da Fonseca, abandonou os tons "amoscatelados" de há alguns anos, agora mais delicado e elegante, com finos apontamentos florais e citrinos. Boa secura frutada, harmonioso, bom para beber como aperitivo ou acompanhando mariscos e saladas. (€3,50)

ApegadasDouro branco 2010
Quinta das Apegadas
Um vinho de produtor duriense ainda pouco conhecido mas que está a fazer um belo trabalho. Este é um branco intenso mas elegante, com belas notas de ananás e citrinos no aroma. Sabor delicado, fino, cheio de fruto envolvido por deliciosa acidez, longo e fresco no final. Pede um robalo "ao sal". (€6,50)

Cabriz
Dão Col. Selec. branco 2010
Dão Sul
Marca que ganhou inúmeros aficionados em Portugal e no estrangeiro por via da boa relação qualidade-preço que apresenta, revela aqui um vinho muito equilibrado, com notas de citrinos maduros, folha de limoeiro, num estilo fresco e apetecível, muito fácil de beber e de gostar. (€3,10)

Couteiro-MorReg. Alentejano branco 2010
Soc. Agr. Gabriel F. Dias
Não há muitos vinhos que consigam oferecer tanto por tão pouco, como o faz este branco alentejano. Sóbrio, com fruto firme e expressivo, notas citrinas e minerais, sem exuberâncias ou artificialismos, um branco seco, sério, sólido, consistente, próprio para a mesa. E com um preço verdadeiramente anti-crise. (€2,60)

Duas QuintasDouro branco 2010
Ramos Pinto
Dispensa apresentações a marca que a Ramos Pinto levou até ao topo no podium dos vinhos do Douro. Feito com Viosinho, Rabigato e Arinto, revela aromas de pêra, alperce, laranja, um leve toque vegetal. Impressiona pelo perfeito equilíbrio na boca, com fruto, corpo e acidez, tudo muito bem proporcionado. (€8,95)

FolliesReg. Minho Alvarinho Loureiro branco 2010
Aveleda
A maior empresa de Vinhos Verdes e uma das mais sólidas vinícolas nacionais tem na gama Follies o cume do seu apuro qualitativo. Este Loureiro é um vinho que conjuga elegância com complexidade, misturando citrinos, maçã verde, ligeiros fumados, minerais. Redondo e cremoso, longo, ideal para caldeiradas e peixes de forno. (€7,99)

Grand'ArteReg. Lisboa Arinto branco 2010
DFJ
A empresa do enólogo José Neiva exporta 95% do que produz, o que diz muito do seu conhecimento dos mercados e, sobretudo, daquilo que os consumidores querem. É impossível não gostar deste Arinto bastante citrino, com notas de tangerina e lima, com leve amargo vegetal a contribuir com garra e carácter no final. (€4,10)

Lusitano Selecção
Reg. Alentejano branco 2010
Ervideira
Com uvas das duas propriedades da Ervideira, em Reguengos e na Vidigueira, se faz este branco tipicamente de Verão, com aromas e sabores delicados, lembrando pêssego e citrinos. Suave e cremoso, com uma leve doçura frutada, acidez quanto baste, ideal como aperitivo (€3,95)

Muralhas de Monção
Vinho Verde branco 2010
Adega Cooperativa de Monção
O Muralhas é uma verdadeira instituição. Está em todo o lado, tem preço acessível, e a consistência de qualidade, colheita após colheita, faz dele um porto seguro em qualquer restaurante. A versão 2010 não foge à regra: fruta no ponto (ananás maduro, flores secas, laranja, pêssego) acidez perfeita, boa secura, final persistente. (€3,57)

Muros AntigosVinho Verde Escolha branco 2010
Anselmo Mendes
Poucos tiram partido dos solos, clima e castas dos Vinhos Verdes como o enólogo e produtor Anselmo Mendes. A gama Muros Antigos contempla um Alvarinho, um Loureiro, um Avesso e este vinho de lote. Toranja, flores, frutos tropicais, ervas aromáticas, tudo muito apelativo, elegante e refrescante, cheio de sabor. (€4,50)

Pousio
Reg. Alentejano branco 2010
Casa Agrícola HMR
O produtor mudou de nome e a marca mudou de perfil sem perder na qualidade, traduzindo-se agora num vinho mais delicado e fino, pleno de fruta, com sugestões de flores silvestres e lima. A fruta muito limpa e atractiva constitui a nota dominante, com boa acidez citrina a dar frescura e persistência ao final. Um branco muito consistente. (€3,99)

Prova Régia Premium
Bucelas Arinto branco 2010
Companhia das Quintas
O aparecimento do Prova Régia marcou o início da recuperação da região de Bucelas, nos anos 90 do século passado. Esta versão Premium da marca produzida na Quinta da Romeira é um vinho exuberante de fruta citrina, com notas fumadas e de especiarias, apontamentos minerais numa boca volumosa mas muito fresca e elegante. (€3,95)

QGVinho Verde Loureiro branco 2010
Quinta de Gomariz
Os Verdes da Quinta de Gomariz estão a dar que falar, ganhando prémios atrás de prémios. O Loureiro mostra aroma de perfil sóbrio e elegante, lembrando limão, flores de rosas e jasmins. Fino na boca, com acidez crocante, corpo leve, um branco atraente, perfeito para peixes de sabor delicado. (€6,39)

Quinta da GiestaDão branco 2010
Soc. Agr. Boas Quintas
Na sua propriedade de Mortágua, Nuno Cancela de Abreu aposta sobretudo nos rosés de Touriga Nacional e nos brancos de base Encruzado. Este tem igualmente Arinto e Malvasia Fina e revela-se um vinho de aroma suave, com belas notas citrinas, minerais e de flor de laranjeira. Elegante, vivo, bom companheiro à mesa. (€4,15)

Quinta da Lagoalva Talhão 1Reg. Tejo branco 2010
Quinta da Lagoalva de Cima
Fruta, fruta, fruta. Quem prefere os brancos intensos e exuberantes não precisa ir mais longe. Limão, ananás, manga, especiarias, este vinho é um desafio para os sentidos. Encorpado, com uma acidez firme e refrescante, na linha do estilo Lagoalva, bom representante na nova vaga de vinhos do Tejo. (€3,95)

Quinta do Valdoeiro
Bairrada branco 2010
Vinhos Messias
A propriedade emblemática da Messias na Bairrada desde há muito que origina brancos de primeira linha. A versão de 2010 revela apontamentos aromáticos de flor de laranjeira, toranja, erva fresca. Encorpado mas ao mesmo tempo muito leve (tem apenas 11,5% de álcool), sofisticado, com carácter, é um vinho perfeito para o Verão. (€3,99)

Tons de Duorum
Douro branco 2010
Duorum Vinhos
Uma estreia que se saúda, este primeiro branco do projecto Duorum, de João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco. Alegre e delicado, com aromas de toranja, frutos tropicais, erva fresca, acidez perfeita a refrescar o conjunto, um vinho muito apetecível, com final longo e expressivo. (€3,99)

Vinha do MonteReg. Alentejano branco 2010
Sogrape
Merecem ser mais conhecidos os vinhos que a Sogrape produz na sua Herdade do Peso, ao pé da Vidigueira. O branco de 2010 vai fazer por isso, com o seu aroma muito afinado, elegante, lembrando alperces, folha de limoeiro, citrinos maduros. Muito suave na boca, polido, bem composto. (€3,79)

Vinha Padre PedroReg. Tejo branco 2010
Casa Cadaval
Longe vai o tempo em que os brancos ribatejanos eram pesados e madurões. O Padre Pedro é um bom exemplo dos novos vinhos do Tejo, feitos com a nobre casta Fernão Pires: sumarento, cheio, citrino, mineral, equilibrado, seco, refrescante. Mesmo a pedir um robalo assado "ao sal". (€3,89)

Artigo publicado na revista Fugas 28.05.2011

Filetes com recheio de cogumelos e puré rosa

Uma receita muito simples mas com um aspecto que impressiona.

Ingredientes:
4 filetes pescada (sem pele nem espinhas)
Azeite
1 cebola pequena
50g de bacon
150g de cogumelos
tomilho fresco
sal
pimenta de moinho
limão
1 dl de vinho branco
1 dl de água
pimenta

Preparação:
Leve o azeite ao lume numa frigideira. Junte a cebola descascada e finamente picada e deixe cozinhar sobre lume moderado. Quando a cebola começar a ficar translúcida junte o bacon finamente picado e deixe saltear enquanto lava, enxuga e pica os cogumelos em pedaços pequenos.

Junte os cogumelos à cebola e ao bacon e deixe saltear até a água que largarem se evaporar. Tempere com sal e pimenta, e perfume com um pouco de tomilho. Deite numa tigela e deixe arrefecer.

Ligue o forno e regule-o para os 200° C.

Tempere os filetes com sal e pimenta e um pouco de sumo de limão.

Distribua o recheio de cogumelos sobre a superfície dos filetes e enrole-os.

Coloque os filetes num recipiente de forno (no meu caso usei o Lékué), previamente untado, com a parte onde termina o filete virada para baixo, para que não se desmanchem durante a cozedura.

Regue com o vinho e a água. Cubra com folha de alumínio e leve ao forno durante cerca de 20 minutos.

Para o puré:
600g de puré de batata congelado
125ml leite
125ml natas
1 beterraba cozida

Coloque os pedaços de puré de batata num tacho, junte o leite e as natas, ou seja, segue-se as instruções que vêm na embalagem mas em vez de juntar só leite, põe-se metade de leite e metade de natas.

Pique muito finamente a beterraba e junte ao puré. Eu juntei também um pouco da cebola e bacon salteados do preparado anterior. Mexa até o puré até ficar no ponto que deseja.

Conclusão:
Uma receita muito simples mas com um aspecto bastante requintado com o puré de beterraba a dar um colorido muito bom. O puré fez muito sucesso não só pela cor mas também pelo sabor.

Nota:
17 (de 0 a 20)


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Curso de vinhos - Parte II

- O Curso

Pouco passava das 10:30 quando nos sentámos à mesa. A "plateia" era composta por sete elementos dos sexo masculino, do outro lado em minoria mas nem por isso menos bem representado, o elemento do sexo feminino, a formadora Teresa Gomes. Passada a fase das apresentações demos início ao curso.

A formação começou por uma ligeira abordagem às regiões vitivinícolas portuguesas e à classificação dos vinhos produzidos nessas regiões bem como os tipos castas existentes no nosso país. Apesar de superficial para mim chegou, até porque já dominava mais ou menos este assunto através da leitura de alguns livros e para já isso basta-me.

Seguiu-se um pequeno exercício com um bago de uva em que éramos convidados a tirar a película da uva e as grainhas e a provar separadamente cada parte da uva - película, polpa, grainha e engaço - e tentar perceber o contributo de cada um deles para a construção de um vinho.

Terminado este exercício chegou a vez de um dos momentos mais esperados por todos, a prova de vinhos ou não fosse para isso que ali estávamos. Não será preciso dizer que ninguém solicitou a cuspideira. Dois brancos e dois tintos compunham a ementa, todos servidos com o rótulo da garrafa coberto com papel de alumínio para que o rótulo não influenciasse a prova. A partir daqui foi um sem número de exercícios à volta da prova dos vinhos. Tentar descobrir a região do vinho, a idade, se tinha madeira, se se tratava de um vinho varietal ou um "blend", são apenas alguns exemplos.

A manhã passou rápido e sem dar por isso chegou a hora de almoço, mas em boa hora chegou porque provar assim vinho de estômago vazio podia ser problemático. Descer as escadas para a sala de refeições já se revelou tarefa complicada.

Para o almoço umas magníficas empadas de camarão para entradas e um "wellington" de porco, tudo com um aspecto muito requintado e saboroso. Para acompanhar foi servido um vinho branco Antão Vaz da Peceguinha 2009 e um Quinta do Alqueve Touriga Nacional 2001, ambos muito bons.

Depois de recuperar forças, na segunda parte a seguir ao almoço a coisa torna-se mais difícil e não dá para grandes teorias. Mais umas noções sobre vinho, como abrir uma garrafa, conservar o vinho e outras tantas coisas que já não me recordo... é o que dá escrever quase uma semana depois. Fizemos exercícios à volta dos aromas em que tínhamos de identificar qual o aroma que nos era dado a cheirar, apesar de básicos, como banana e baunilha, a tarefa não se revelou fácil não conseguindo acertar um único, nem eu nem ninguém acho eu. Se assim é complicado, no vinho ainda mais difícil se torna.

Para acabar em beleza provámos mais três vinhos, um rosé, um branco e um tinto.

Para recordação fica um dia bem passado e em boa companhia.

Das muitas coisas que aprendi, a principal foi que é preciso praticar muito... e é o que tenho feito!

domingo, 15 de maio de 2011

Curso de vinhos - Parte I

- O espaço

E eis que chegou o dia. Foi com expectativa que me levantei no sábado e me fiz à estrada a caminho da Batalha. Para compor o ramalhete, estava um belo dia de sol, mais de Verão que Primavera.

Primeira paragem: Leiria, para apanhar o grande amigo Palhavã, companheiro destas andanças e de muitas outras lides que já enfrentámos juntos e que nem sempre escapámos ilesos...

Bem perto do Mosteiro de Santa Maria da Victória, mais conhecido entre nós Portugueses por Mosteiro da Batalha, encontramos o restaurante Vinho em Qualquer Circunstância, no qual nunca tinha estado. A  sala de refeições - de tamanho razoável, muito acolhedora com paredes forradas por armários divididos em "cubos" onde repousavam garrafas do precioso néctar - foi paixão à primeira vista.

O tempo passou rápido, era hora de subir para dar o início à formação. No primeiro andar, mais do mesmo, ao cimo das escadas do lado esquerdo encontrava-se uma sala com mais armários recheados de garrafas de vinho, garrafas essas distribuídas por "cubos" sendo que cada "cubo" tinha gravado o nome do sócio do clube enófilo do restaurante a quem pertenciam as benditas. Logo no cimo das escadas estava a sala de formação, normalmente sala de refeições reservada a membros do clube enófilo. Aqui, em vez das habituais garrafas, os "cubos" tinham frases e algumas noções sobre o vinho. A mesa já estava posta, umas folhas de papel, quatro copos vazios preenchiam o espaço e os lugares vazios esperavam por nós...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Tudo o que sempre quis saber sobre vinho

A sala de formação
É já amanhã, sábado, que vou frequentar o curso de vinhos a realizar no Restaurante Vinho em Qualquer Circunstância. O curso tem como formadora a escanção Teresa Gomes da Wine Solutions, empresa que se dedica a prestar serviços na área do vinho.

Para abrir o apetite aqui fica uma entrevista que retirei do ionline onde Teresa Gomes revela algumas dicas de como tratar e beber um vinho.

"O interesse por vinhos pode ter um efeito secundário. Não, não é esse, leitor ramboieiro. Durante uma prova de vinhos não se bebem garrafas como se o mundo acabasse amanhã, pelo que o risco de ficar alcoolizado é mínimo.


Segundo o escanção profissional Teresa Gomes, com o vinho vem a degustação e as horas infinitas à mesa: "Vai acontecer, mais cedo ou mais tarde, o interesse pela gastronomia e, em alguns casos, a curiosidade pelo enoturismo." Caso pretenda embarcar na maravilhosa viagem pelas vinhas deste país (e dos outros) tenha em conta o alerta de Teresa Gomes, que se apaixonou por vinhos há 13 anos. Não vale chorar por elegâncias perdidas.


A provar é que se aprende
Existem vários cursos no país capaz de lhe explicar tudo o que sempre quis saber sobre vinho. Na Wine Solutions, o saber vai até si. Os cursos de vinhos ao domicílio consistem numa formação de três horas, sobre os vinhos portugueses. "Fazemos uma viagem pelas regiões, castas, designativos de qualidade, terminando na prova técnica de vinhos. Sem esquecer de abordar as temperaturas de serviço, harmonias gastronómicas e as condições de guarda de vinhos", explica Teresa. A formação é direccionada para o consumidor de vinhos, principiante ou já experiente.



Depois da formação, será capaz "de escolher um vinho, quer no supermercado ou num restaurante, fazendo a escolha pela região, casta, ou tendo em mente o que vai ser a refeição". Por outro lado, poderá fazer um brilharete quando pegar num copo, sem "ter medo de provar o vinho e exprimir a sua opinião além do comentário típico ''gosto deste vinho''", explica Teresa Gomes.


Há, no entanto, a possibilidade do leitor querer seguir uma carreira ligada ao vinho. Se assim for, a Academia do Vinho oferece uma vertente técnico-profissional. Mas atenção, terá de estudar, uma vez que os cursos são certificados e diplomados pela Wine & Spirit Education Trust, sediada em Londres, com direito a exame final.


Segundo João Victorino, director da Academia do Vinho, aqui aprende-se "a diferenciar os diversos tipos de vinho, tranquilos, espumantes e licorosos, a apreciar e saborear os vinhos, suas temperaturas, a saber qual o melhor vinho para cada ocasião e como casar o vinho com a comida". A formação passa também pelos "conceitos de viticultura, enologia e marketing de vinhos".


Armado em bom
Acabou-se o nervosismo de leigo cada vez que o escanção (ou empregado de mesa) ficar à espera do seu aval para continuar a deitar vinho no copo. Com um ar entendido, rodará o copo, inspirará profundamente com o nariz lá dentro e provará do alto de toda a sua sabedoria. Em casa, "poderá adequar os vinhos à refeição ou pessoas, quer seja numa festa de família, jantar de negócios, ou na escolha de um vinho para oferta", continua Teresa Gomes. "Poderá também partilhar este prazer e conhecimento com outros, visto que é uma bebida social." Mas não abuse.



Regras
Há alguma forma especial de abrir uma garrafa?
As garrafas de vinho devem ser abertas assentes. Com a navalha do saca-rolhas cortar a cápsula pelo meio ou por debaixo da marisa, o anel de vidro, de reforço, que as garrafas têm no gargalo. Inserir a hélice do saca-rolhas, não totalmente, e retirar a rolha sem provocar som. Excepção para os espumantes, que podem abrir-se com a garrafa no ar e em ocasiões privadas, fazer barulho ao retirar a rolha.



O vinho tinto deve beber-se à temperatura ambiente, mais quente ou frio?
Hoje, por variadíssimas razões, temos quase sempre de trabalhar a temperatura do vinho na garrafa, por isso falamos de temperaturas de serviço. O consumidor deve habituar-se a beber os tintos até aos 17/18º C, o que vai obrigá-lo quase sempre a refrescar a garrafa. Os brancos a uma temperatura acima daquela saída do frigorífico, entre os sete e os 14º C.



Qual o copo indicado para cada tipo de vinho?
O mais importante é que seja sempre de vidro incolor, espessura fina e sem gravações ou pinturas. O cálice deve ter sempre o formato de tulipa: diâmetro da boca inferior ao do corpo. Para vinhos mais ligeiros copos de cálice mais estreito, para vinhos mais complexos, copos com cálice mais largo. espumantes sempre no copo flute. Os vinhos do Porto e Moscatel de Setúbal já têm copos oficiais.



Quanto vinho se deve pôr no copo?
Para se provar, três centilitros; no serviço de vinhos a copo, entre nove a 15 centilitros. Durante a refeição, depende do tamanho do cálice do copo. Algo sensato, normalmente até dois terços; regra de ouro, nunca encher.



Porque é que os especialistas rodam o copo com vinho lá dentro?
Qualquer pessoa que queira desfrutar os aromas de um vinho, e se este se apresentar nulo ou quase nulo após um primeiro exame olfactivo, vai ter a necessidade de rodar o vinho no copo para que desta forma transmita oxigénio ao vinho e as moléculas aromáticas, sendo voláteis, vão acabar por se desprender do vinho e chegar ao nariz do provador.


Como é que o vinho deve ser guardado em casa?
Qualquer garrafa de vinho deve ser guardada num local que cumpra os seguintes quatro requisitos: garrafas deitadas; local com uma temperatura entre os 12 e os 14º C; humidade entre os 70 e os 80% (valores que devem ser constantes ao longo do ano); e ao abrigo da luz. Como é quase utópico conseguir estes valores em casa, recomenda-se a aquisição de um armário de conservação de vinhos.



Faz sentido comprar uma garrafa de vinho no supermercado e esperar uns tempos até a abrir?
O vinho é um produtor alimentar vivo e sofre mudanças a nível de cor, aroma e gosto com o passar do tempo, em garrafa. A maioria dos vinhos à venda estam prontos a ser consumidos desde logo. Mas há vinhos que saem muito cedo para o mercado e que bebidos ainda jovens não revelam toda a excelência. Prove o vinho e faça o seu juízo.



Quando se abre uma garrafa, quanto tempo se deve esperar para servir?
Nenhum. Caso o vinho possa beneficiar de um pouco de oxigenação, há que passá-lo para um decantador e/ou servi-lo num copo com o cálice mais largo, para termos uma maior superfície do vinho em contacto com a atmosfera. Depois é apreciá-lo a revelar-se perante nós, no copo, à nossa frente."

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pie de leitão

Fiz esta receita a seguir à Páscoa e é uma maneira diferente e saborosa de aproveitar as sobras de leitão. Quem não tiver paciência para fazer a massa poderá optar por uma comprada.

Ingredientes:

Para a massa:
350g de farinha
1 colher de chá de sal grosso
100g de manteiga
2 colheres de sopa de vinagre de sidra
1 ovo grande

Para o recheio:
1 cebola
50g de Vaqueiro Alho
200g de alho francês cortado em rodelas
150g de cenoura ralada
1/2 couve lombarda (não muito grande)
30g de sultanas
sal
2 chávenas de leitão assado desfiado (sem pele nem ossos)
tabasco ou molho do leitão
1 a 2 colheres de sopa de farinha
1 embalagem de creme culinário vaqueiro light
limão
50g de miolo de noz
1 gema
água

Preparação:
Misture a farinha com o sal, junte-lhe a manteiga, bem fria e cortada em pedaços pequenos, trabalhe com as pontas dos dedos até a mistura ter o aspecto de areia grossa. Adicione o vinagre e o ovo e amasse rapidamente até conseguir moldar a massa em bola. Tape com um pano ou embrulhe com película aderente e deixe repousar.

Descasque a cebola e pique-a finamente. Derreta a Vaqueiro Alho num tacho, junte a cebola picada, o alho francês em rodelas e a cenoura ralada. Tape e deixe suar sobre lume brando. Corte as folhas de lombarda com os talos aparados em tiras largas, lave e escorra bem. Junte as tiras de couve aos restantes legumes, adicione as sultanas e tempere com um pouco de sal. Deixe cozinhar tapado sobre lume brando até os legumes estarem ternos.

Adicione as sobras de leitão bem desfiadas e tempere com umas gotas de Tabasco ou quem preferir com um pouco de molho do leitão. Polvilhe com a farinha, misture bem e adicione o creme culinário Vaqueiro e um pouco de raspa e do sumo de limão. Deixe  ferver, mexendo de vez em quando até o creme espessar. Retire do lume, adicione as nozes grosseiramente picadas e deixe arrefecer. Ligue o forno  e regule-o para os 200ºC.

Forre o fundo e as paredes de uma forma de tarte com cerca de 26 cm de diâmetro com metade da massa. Quando o recheio estiver quase frio espalhe-o por cima. Estenda a restante massa sobre a bancada com a ajuda do rolo e de farinha e coloque sobre o recheio, unindo bem os bordos da massa. Pique a superfície com um garfo e pincele com a gema diluída num pouco de água.

Leve ao forno durante cerca de 30 minutos.


Conclusão:
Fiquei agradavelmente surpreendido com o resultado desta pie. Os vegetais e as sultanas dão um sabor adocicado que se sobrepõe ao sabor do leitão. Fiquei com a ideia que a receita também poderá resultar bem com sobras de outras carnes como frango ou coelho.

Nota:
17.5 ( de 0 a 20)

Receita feita a partir da revista Saberes & Sabores nº202 de Dezembro 2010.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Pudim de requeijão e amêndoa com morangos marinados

Porque dizem que faço poucas sobremesas cá vai mais uma. Na receita original em vez de um só pudim era feito em formas de loiça individuais, como não as tenho fiz numa forma de tarte.

Ingredientes:
manteiga
100g de miolo de amêndoa finamente ralado
3 ovos
130g de açúcar
1 requeijão
2,5dl de creme culinário vaqueiro (natas)
500g de morangos
1 lima
100g de mel
folhas de hortelã

Preparação:
Ligue o forno para os 180ºC. Pincele uma forma de tarte ou as formas individuais com manteiga e polvilhe-a com parte da amêndoa ralada. Parta os ovos, separando as gemas das claras. Bata as claras com a batedeira e quando começarem a fazer espuma junte-lhes metade do açúcar, continue a bater até estarem bem firmes. Reserve.

Bata as gemas com o restante açúcar até obter um creme fofo, adicione o requeijão, o creme culinário vaqueiro, e o restante miolo de amêndoa, bata tudo muito bem. Envolva delicadamente as claras neste preparado e transfira para a forma.

Coloque a forma num tabuleiro e leve ao forno durante cerca de 30 minutos.

Entretanto lave os morangos, tire-lhe os pés e pique-os em pedacinhos. Coloque os morangos picados numa taça, junte-lhe um pouco de raspa da casca de lima e sumo da lima, mel e algumas folhas de hortelã cortadas em tiras. Misture bem e reserve no frigorífico.

Desenforme cuidadosamente o pudim e sirva às fatias com os morangos marinados.

Conclusão:
Receita muito fácil e rápida de fazer, não quer dizer que por isso seja menos saborosa. Boa para esta época em se encontram morangos com facilidade nos supermercados.

Nota:
16.5 (de 0 a 20)

Receita feita a partir da revista Saberes & Sabores nº194 de Abril 2010

domingo, 1 de maio de 2011

Risotto de alheira de caça com laranja*

O nome da receita era "risotto de alheira de caça com laranja" mas só depois de já ter "degustado o repasto" é que me apercebi que me tinha esquecido da laranja... Fiz com alheira de caça mas pode ser utilizada alheira normal sem qualquer problema. A receita original não levava bacon nem cogumelos.

Ingredientes:
1 alheira de caça ou normal
1 alho francês
100g de cogumelos
100g de bacon
50g de Vaqueiro Alho
250g de arroz para risotto
1,5dl de vinho branco
1 Knorr Natura Legumes
água quente
1/2 laranja
tomilho

Preparação:
Corte o alho francês em rodelas, lave e escorra bem.

Corte o bacon em tiras finas, lave os cogumelos e enxugue bem, corte-os em tiras finas .Derreta a Vaqueiro Alho num tacho e leve os cogumelos a saltear. Quando a água que libertaram tiver evaporado, junte a tiras de bacon e deixe alourar. Retire a mistura do tacho e reserve.

Faça um corte na pele da alheira em toda a volta com a ponta de uma faca bem afiada. Leve a fritar de ambos os lados no tacho onde salteou os cogumelos e o bacon, se necessário junte mais Vaqueiro Alho. Retire a alheira do tacho assim que estiver bem dourada, deite fora a pele e reserve.

Introduza o alho francês no tacho e deixe cozinhar até estar mole. Junte o arroz, mexa com uma colher e assim que o arroz ficar translúcido regue com o vinho branco e junte o Knorr Natura Legumes. Deixe o arroz absorver o vinho, mexendo sempre sobre lume médio forte.

Vá regando o arroz com a água a ferver, a pouco e pouco e à medida que o arroz a for absorvendo. Quando o arroz estiver cozido, adicione a mistura de cogumelos e bacon e a alheira desfeita em bocados. Junte umas folhas de tomilho, regue com o sumo de laranja e misture bem.

Sirva sem demora.

Conclusão:
Com ou sem laranja ficou muito bom, daqueles pratos que dá vontade de comer sempre mais um bocadinho "só mais uma colher"... Os cogumelos e o bacon tornam o prato mais completo e rico em sabor. Os fãs de alheira vão adorar. Da próxima vez vou tentar não me esquecer da laranja!

Nota:
18.5 (de 0 a 20)

Receita feita a partir da revista Saberes & Sabores nº206 de Abril 2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Pudim de amêndoa

Para finalizar a refeição de Páscoa, um pudim de amêndoa. Todas as receitas foram feitas a partir de receitas de revistas Saberes & Sabores.

Ingredientes:
Caramelo
150g de miolo de pão de forma
100g de miolo de amêndoa finamente ralada
1 l de leite
230g de açúcar
4 ovos
50g de manteiga
30g de amêndoa laminada ou grosseiramente picada

Preparação:
Desfazer o pão em pedaços para dentro de um tacho, juntar o miolo de amêndoa e o leite e levar a ferver sobre lume brando, mexer de vez em quando, até o pão estar completamente desfeito.

Deitar o açúcar e os ovos numa taça e bater com a batedeira até a mistura ficar fofa e esbranquiçada. Retirar do lume a mistura de leite, pão e amêndoa e bater energicamente até obter uma pasta homogénea. Adicionar a manteiga e mexer até ficar completamente misturada. Deixar arrefecer um pouco enquanto forra uma forma de pudim com o caramelo. Juntar então a mistura anterior com a gemada, mexendo sempre.

Colocar o preparado na forma, colocar a forma num tabuleiro e encher o tabuleiro com água quente. Levar ao forno previamente aquecido a 160ºc, durante cerca de uma hora.
Deixar arrefecer e levar ao frigorífico até ficar bem fresco.

Desenformar e enfeitar com a amêndoa alourada na frigideira.
Conclusão:
Fiquei apaixonado quando vi a receita deste pudim, esperava que fosse daqueles bem doces com aquele sabor carregado do açúcar e a amêndoa a fazer lembrar os doces conventuais. Enganei-me e saiu bastante levezinho. Apesar de não ser o que esperava (cozinhar tens destas coisas), posso dizer que fiquei contente com o resultado.

Nota:
16 (de 0 a 20)


quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tatins de pêra e maçã com queijo azul | Ovos "folhados"

Tatins de pêra e maçã com queijo azul

Ingredientes:
1 pêra
1 maçã
30g de miolo de noz
30g de açúcar amarelo
20g de manteiga
1 embalagem de massa folhada
100g de queijo azul (Roquefort)

Preparação:
Descascar a pêra e a maçã e cortar em fatias finas.

Picar o miolo de noz com açúcar e juntar a manteiga cortada em bocadinhos. Misturar bem os ingredientes até obter uma mistura com aspecto de areia..

Cortar a massa folhada em rectângulos e colocar num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal.

Dispor as fatias de maçã e pêra alternadamente sobre os rectângulos de massa folhada e salpicar com a mistura de noz. Levar ao forno, previamente aquecido a 225ºc, durante 15 minutos ou até a massa começar a dourar. Salpicar com o queijo azul desfeito em pedaços e levar ao forno apenas o tempo de fundir o queijo.

Conclusão:
Uma entrada deliciosa, das melhores que fiz ou provei até hoje. Já tinha comido muitas entradas deste género com maçã e queijo gratinado, mas esta leva aquela mistura de noz que faz toda a diferença. Vai acentuar a diferença entre o doce da fruta e o sabor forte do queijo Roquefort.

Nota:
19 (de 0 a 20)

Ovos "folhados"

Ingredientes:
20g de Vaqueiro alho
150g de cogumelos de Paris laminados
sal
pimenta de moinho
2 fatias de presunto
salsa picada
Vaqueiro líquida
1 embalagem de massa folhada
1dl de natas
4 ovos
sementes de sésamo

Preparação:
Derreter a vaqueiro alho numa frigideira e saltear os cogumelos previamente lavados e secos.

Temperar com sal e pimenta moída na altura. Picar o presunto grosseiramente com a faca e juntar aos cogumelos. Misturar bem, retirar do lume e perfumar com a salsa picada. Reservar até arrefecer.

Pincelar o interior das formas com a manteiga e forrar com a massa folhada.

Dividir as natas pelas formas e abrir um ovo para dentro de cada uma. Se as formas forem pequenas ter o cuidado de não pôr a clara toda pois pode deitar fora. Distribuir a mistura de cogumelos e presunto e salpicar com as sementes de sésamo.

Levar ao forno, previamente aquecido a 200ºc, durante cerca de 15m. 

Conclusão:
Mais uma entrada bastante boa. A meu ver a gema dos ovos devia ter ficado mal passada mas como tenho a noção que quase ninguém gosta assim, deixei cozinhar até ficar dura. Saborosa e com bom aspecto.

Nota:
17 (de 0 a 20)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Borrego com especiarias e alecrim

Páscoa que é Páscoa tem borrego e como esta não é excepção fiz esta receita da Vaqueiro de Abril.

Ingredientes:
1 perna de borrego ( com cerca de 1.8kg)
sal
8 dentes de alho
2 colheres de sopa de pimentão doce (colorau)
1 colher de sobremesa de açafrão das índias
1 colher de sobremesa de gengibre em pó
1 colher de de chá de cominhos em pó
1 colher de chá de canela em pó
1 colher de sopa de mostarda
2 laranjas
2 folhas de louro
1 a 2 hastes de alecrim (utilizei tomilho da minha plantação)
vaqueiro líquida
1kg de batatas para assar
2 cebolas

Preparação:

Limpar a perna de borrego de gorduras, esfregar bem com sal grosso de ambos os lados e transferir para um tabuleiro de levar ao forno.

Descasque os dentes de alho, coloque-os num almofariz e esmague-os bem com um pilão. Agora juntamos as especiarias, 1 colher de sopa de pimentão-doce, o açafrão, o gengibre, a canela, os cominhos e a mostarda. Mistura-se tudo muito bem e barra-se a perna do borrego com a pasta obtida.

Corte as laranjas, previamente lavadas, em rodelas e disponha parte delas por baixo da perna de borrego e as restantes por cima. Juntam-se as folhas de louro e as folhas de alecrim ou tomilho espalhadas por cima. Tapa-se o tabuleiro com película aderente e guarda-se no frigorífico durante 1 ou 2 dias.

Chegou a hora de começar a assar. Ligamos o forno a 140º. Regamos a perna de borrego com vaqueiro líquida e quando o forno estiver quente introduzimos a carne durante cerca de 1 hora.

Enquanto isso lavamos as batatas e cortamos em gomos, temperam-se com sal e o restante pimentão-doce.

Descascam-se as cebolas, cortam-se em gomos finos e misturam-se com as batatas. Dispõe-se a mistura à volta da perna de borrego, rega-se com mais um pouco de vaqueiro e vai novamente ao forno. Aumenta-se a temperatura para os 180º e deixa-se cozinhar por mais 1 hora.

Conclusão: 
Tinha grandes expectativas em relação a esta receita e não desiludiu. Apesar do sabor forte a especiarias, o resultado final é bom. As especiarias e a laranja disfarçam o sabor intenso característico do borrego pelo que até as pessoas que não gostam muito de borrego não vão fazer má cara. Para mim sabia muito a especiarias e pouco a borrego.

Nota
15.5 (de 0-20)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

Salada de beterraba com manga e maçã


Este Domingo trouxe quatro beterrabas da aldeia. Para as saborear preparei esta salada com base numa receita do blogue da Elvira.  Apenas acrescentei a maçã que não fazia parte da receita original e fiz uns pequenos ajustes aos ingredientes.

Ingredientes:
4 beterrabas pequenas cozidas e cortadas em cubos*
1 manga descascada e cortada em cubos
1 maçã descascada e cortada em cubos
2  colheres (sopa) de açúcar
1 dente de alho pequeno esmagado
10 folhas de hortelã picadas (colhidas da minha plantação)
1/2 colher (chá) de sal fino
sumo de um limão
1 iogurte natural
sumo de 2 laranjas
1 colher (sopa) de azeite

Preparação
Começamos por colocar os cubos de beterraba num prato e a manga e maçã misturados noutro, polvilhamos ambos com o açúcar.

Picar a hortelã e esmagar com o dente de alho e o sal num almofariz ou algo que sirva para o efeito. Juntar o iogurte, o sumo de limão, o sumo de laranja e a colher de azeite, misturar tudo muito bem.

Despejar metade do molho preparado em cada um dos pratos.

Transferir o conteúdo dos pratos para uma travessa, no fundo a beterraba e a mistura da manga com maçã por cima.

Levar ao frigorífico a repousar durante algum tempo antes de servir.

Conclusão:
Receita bastante agradável para os dias quentes que se aproximam, apesar de eu ter feito da salada uma refeição. Poderá dar também uma óptima entrada.

Muito colorida, fará as delícias principalmente da comunidade feminina. 

Deverá ser consumida bem fresca.

Nota
16.5 (de 0-20)

* A beterraba poderá ser adquirida já cozida em qualquer supermercado. Neste caso cozinhei-as a vapor  no forno com o Lékué, à temperatura de 200º, durante aproximadamente 1h. 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

sábado, 16 de abril de 2011

Revista de Vinhos - Edição de Abril


Já saiu a publicação de Abril da Revista de Vinhos. Este mês com o tema de capa "Qualidade e classe por menos de 10€". Um artigo escrito com base na prova cega de um painel de 73 vinhos tintos com PVP a baixo dos 10€. De salientar o facto de nenhum dos vinhos provados custar menos de 10€. No entanto esta lista pode revelar-se um óptimo guia de compras.

A título de curiosidade, aqui fica a lista dos 10 melhores classificados.

Classificados com 17 pontos numa escala de 0 a 20:
Casa Santar Reserva 2007
Duorum 2009 
                                                                                        

Classificados com 16.5 pontos numa escala de 0 a 20:

- Altano Quinta do Ataíde Reserva 2008
- Álvaro Castro Reserva 2007
- Duas Quintas 2009
- Guarda Rios 2008
- Quinta das Camélias Touriga Nacional 2008
- Quinta de La Rosa 2008
- Quinta dos Roques 2007
- Solar dos Lobos Reserva 2008

Podemos também encontrar na edição deste mês, entre outros, um artigo sobre os licores Singeverga e Licor Beirão, um outro sobre Paella, uma prova dos melhores azeites de Portugal e uma visita ao Restaurante DOP, no Porto.

Este mês com a revista de vinhos 1 Garrafa de Terras D' Alter Alicante Bouschet 2008 por mais 6€.

sábado, 9 de abril de 2011

Lékué – Caixa de Vapor


A Caixa de Vapor é um objecto criado pela marca espanhola Lékué que aposta forte num design moderno e atractivo para a criação de utensílios e objectos para a confecção e conservação de alimentos.

Por agora concentremo-nos Caixa de Vapor ou como nuestros hermanos lhe chamam estuche de vapor. No fundo é apenas uma caixa de silicone resistente a altas temperaturas que permite cozinhar os alimentos no forno ou no microondas de um modo bastante saudável e mantendo todos os nutrientes e sabores dos alimentos.

A caixa de vapor permite cozinhar de duas maneira diferentes. Com a bandeja amovível em que não há contacto com os líquidos que a comida vai libertando ao ser cozinhada ou sem bandeja em que os alimentos são colocados directamente na caixa e cozinhados nos líquidos que os próprios libertam. A escolha do modo de cozinhar vai depender daquilo que se pretende. 


O resultado final será algo muito semelhante ao obtido quando se cozinha em papelotes mas com a vantagem de aqui ser muito mais prático, de não sujar o forno ou de se poder lavar na máquina. E acima de tudo, rápido.

 Menos positivo é o facto de ser um brinquedo caro e ter um tamanho reduzido, apesar de de ser recomendado para 3/4 pessoas torna-se pequeno para uma família. 

Salmão com crosta de côco e especiarias
Frango Satay com sementes de sésamo
Mais informações podem passar pelo site da Lékué, onde além de ser uma montra dos produtos desta marca podem encontrar algumas receitas para testar em casa. Nota negativa para o facto do site não ter uma opção em língua portuguesa.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Porco agridoce

Receita feita a partir da receita original da revista Saberes & Sabores do mês de Abril 2011, com algumas alterações feitas por mim com vista a utilizar os ingredientes que tenho em casa ou pura e simplesmente porque alguns ingredientes não se encontram na "aldeia" onde vivo.

Ingredientes:
500g de bifanas de porco
1 cebola
1 cenoura
20g de raiz de bambu em conserva
1 couve chinesa (utilizei couve repolho)
1 manga (madura mas rija)
 sal grosso
1 colher sobremesa de gengibre em pó (utilizei raiz de gengibre)
1 colher sobremesa Maizena
1.5 dl de água
2 colheres de sopa de ketchup
1 colher de sopa de molho de peixe (utilizei molho de soja)
 tabasco
1 colher de sopa de vinagre de arroz
vaqueiro líquida
coentros frescos
Preparação
Corte a carne em tiras finas e tempere com um pouco de sal. Corte a cebola em meias luas.

Pele a cenoura e corte em tiras ou rodelas finas. Corte a couve em tiras e lave bem. Descasque a manga e corte em cubos.

Agora vamos preparar o molho. Dilua a Maizena na água fria, junte-lhe o sumo da raiz de gengibre (ou o gengibre em pó), junte o ketchup, o molho de soja, o tabasco e o vinagre de arroz. Misture tudo muito bem e reserve.

Aqueça um pouco de vaqueiro líquida (prefiro utilizar azeite que serve perfeitamente) num wok, junte-lhe a carne e deixe alourar, mexendo sempre para não agarrar.

Adicione a cebola e a cenoura e deixe saltear até os legumes ficarem moles. Junte a couve e continue a cozinhar mexendo sempre durante mais algum tempo.

Junte o molho e deixe ferver mais um pouco até achar que os legumes estão tenros. Junte os rebentos de bambu e os cubos de manga, retire do lume e salpique generosamente com as folhas de coentros.


Conclusão:

Receita não muito complicada mas o suficiente para nos ocupar uma boa
hora e meia. Apesar do nome agridoce, o prato fica bastante equilibrado, suave e  muito colorido.

É preciso ter cuidado para não deixar cozinhar os legumes em demasia, apenas o suficiente, de modo a que fiquem al dente.

Destaque para o facto de ser utilizada manga e não ananás como normalmente utilizado neste tipo de comida.

Um prato que vai agradar à maioria das pessoas.

Nota
15 (de 0-20)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Poesia e vinho!!!

Ao gozo segue a dor, e o gozo a esta
Ora o vinho bebemos porque é festa
Ora o vinho bebemos porque há dor
Mas de um e de outro vinho nada resta

Vivemos nas encostas do abandono
Sem verdade, sem dúvida nem dono
Boa é a vida, mas melhor é o vinho
O amor é bom, mas melhor é o sono

Fernando Pessoa